Duas bases aéreas que abrigam tropas dos Estados Unidos e da coalizão no Iraque foram atingidas por foguetes, na noite desta terça-feira (7). Ainda não se sabe se houve vítimas. O Pentágono confirmou os ataques, e o Irã assumiu a autoria a ao menos uma das bases.

A TV estatal iraniana disse que a Guarda Revolucionária Islâmica do país lançou “dezenas” de foguetes, como resposta à morte do general iraniano Qassim Soleimani, na última quinta-feira, após um ataque americano. O nome da operação de hoje, inclusive, foi “Mártir Soleimani”, segundo a emissora. De acordo com os Estados Unidos, teriam sido 12 mísseis. Uma das bases atingidas foi Ain al-Asad, em Anbar. A outra se localiza em Irbil, na região semiautônoma do Curdistão.

O principal negociador do Irã para assuntos nucleares, Saeed Jalili, postou a imagem da bandeira iraniana no Twitter, logo depois dos primeiros relatos de ataques à base aérea de Al-Asad. O fato lembra atitude do presidente norte-americano Donald Trump, que na semana passada postou uma bandeira dos EUA em sua conta na rede social após o ataque que matou Soleimani.

A porta-voz da Casa Branca, Stephanie Grisham, disse que Trump já foi informado dos ataques de hoje.

“Estamos cientes dos relatos de ataques às instalações dos EUA no Iraque. O presidente foi informado e está monitorando a situação de perto e consultando sua equipe de segurança nacional”, disse ela.

Segundo a CNN, o Secretário de Estado, Mike Pompeo, e o Secretário de Defesa, Mark Esper, já estão na Casa Branca com Trump para analisar a situação.

“Está claro que esses foguetes foram lançados do Irã e atingiram pelo menos duas bases militares iraquianas que hospedavam militares e coalizões dos EUA em Al-Assad e Irbil”, afirmou Jonathan Hoffman, assistente do Secretário de Defesa para Assuntos Públicos, em comunicado. “Estamos trabalhando nas avaliações iniciais dos danos de batalha”, completou.

Segundo o Pentágono, as duas bases americanas atingidas já estavam em alerta máximo “devido a indicações de que o regime iraniano planejava atacar nossas forças e interesses na região”.

“Ao avaliarmos a situação e nossa resposta, tomaremos todas as medidas necessárias para proteger e defender o pessoal, parceiros e aliados dos EUA na região”, afirmou o Pentágono.

Uma autoridade dos EUA disse à CNN que não há relatos de vítimas até o momento, mas que uma avaliação ainda está em andamento.

Em dezembro de 2018, Donald Trump fez uma visita surpresa à base de Al-Asad, atingida hoje, para declarar que “os Estados Unidos não podem continuar a ser a polícia do mundo”.

Fonte: Folhapress

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